Cirurgia ginecológica oncológica:

precisão, tecnologia e cuidado com você

O tratamento do câncer ginecológico tem evoluído rapidamente

E hoje, é possível oferecer abordagens mais eficazes, menos invasivas e com melhores resultados para as pacientes.

A cirurgia oncológica ginecológica exige mais do que técnica: ela requer sensibilidade, planejamento e experiência para tratar o tumor de forma segura, respeitando o corpo e os desejos da mulher. Muitos tumores ginecológicos podem comprometer órgãos vizinhos — como intestino, bexiga e ureteres — e por isso, o cirurgião precisa ter domínio de diferentes áreas cirúrgicas, como digestiva, urológica e peritoneal.

Cada caso é único. Por isso, avaliamos individualmente o tipo de câncer, seu estágio, e as condições clínicas da paciente, para decidir o melhor caminho terapêutico, sempre com base nas melhores evidências científicas disponíveis.

Cirurgia robótica: tecnologia aliada à sua recuperação

A cirurgia robótica tem transformado a forma como tratamos o câncer ginecológico. Por meio de pequenas incisões, o procedimento é realizado com instrumentos de alta precisão, com visão 3D ampliada e movimentos controlados milimetricamente. Isso permite uma atuação mais delicada e segura — especialmente importante quando o tumor está próximo de estruturas sensíveis.

Em casos complexos, como tumores localmente avançados que comprometem múltiplos órgãos, a combinação entre experiência cirúrgica e tecnologia robótica amplia as possibilidades de tratamento, com mais segurança e menos impacto no corpo.

Principais benefícios da cirurgia
robótica em oncologia ginecológica:

Incisões menores e menos dor no pós-operatório

Menor risco de infecção e complicações

Recuperação mais rápida e retorno precoce às atividades diárias

Maior preservação da função urinária, intestinal e sexual

Precisão na remoção de tumores avançados que envolvem vários órgãos

Maior controle e segurança em cirurgias complexas e reconstrutivas

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A cirurgia é apenas uma parte do cuidado.

Nosso foco é garantir que cada paciente se sinta acolhida, informada e segura em todas as etapas do tratamento — da decisão compartilhada à recuperação. Para isso, trabalhamos em equipe multidisciplinar, com atenção aos aspectos físicos, emocionais e funcionais da mulher.

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A seguir, conheça os principais tipos de câncer ginecológico que tratamos, seus sintomas e como a cirurgia robótica pode ser um diferencial no seu tratamento.

Câncer de Ovário

O câncer de ovário, em sua forma mais comum (carcinoma seroso de alto grau), é um dos mais desafiadores porque costuma evoluir silenciosamente. Muitas vezes, os sintomas iniciais são confundidos com alterações digestivas ou hormonais comuns, o que pode atrasar o diagnóstico.

Ele pode se originar nos ovários ou nas tubas uterinas e passar para outros órgãos da pelve e do abdome. Com frequência, a estratégia de tratamento envolve uma cirurgia citorredutora mais extensa. A experiência da equipe e a abordagem multidisciplinar influenciam diretamente nos desfechos da paciente.

Fonte: INCA, GLOBOCAN, NCCN 2025

Os sintomas mais comuns geralmente são persistentes e pioram com o passar do tempo:

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Inchaço ou aumento do volume abdominal

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Dor pélvica ou abdominal persistente

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Perda de apetite ou sensação precoce de saciedade

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Necessidade frequente de urinar

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Alterações no intestino, como prisão de ventre ou diarreia

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Perda de peso sem motivo aparente

Como a cirurgia robótica pode ajudar?

Nos casos iniciais, a cirurgia robótica permite remover o tumor com precisão, respeitando as estruturas adjacentes e com menos trauma para o corpo. Isso significa:

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Menos dor e sangramento

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Recuperação mais rápida

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Possibilidade de iniciar rapidamente a quimioterapia, quando necessária

Importante: Em tumores mais avançados, a cirurgia é essencial e deve ser realizada por equipe com experiência em câncer avançado e disseminação peritoneal.

Câncer de Endométrio

(Câncer de Útero)

É o câncer ginecológico mais frequente no Brasil e, felizmente, costuma ser diagnosticado precocemente, graças a sinais como sangramento fora do período menstrual ou após a menopausa.

A maioria dos casos é do tipo endometrioide, de crescimento mais lento, e com alta chance de cura nos estágios iniciais. Em mulheres mais jovens, pode ser possível preservar o útero em situações específicas, com acompanhamento rigoroso.

Fonte: INCA, NCCN 2025

Sintomas mais comuns:

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Sangramento vaginal anormal (fora do período menstrual ou após a menopausa)

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Dor pélvica persistente

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Sensação de pressão ou desconforto abdominal

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Secreção vaginal incomum

Como a cirurgia robótica pode ajudar?

Para muitos casos de câncer de endométrio, a cirurgia é o principal tratamento. A cirurgia robótica oferece vantagens como:

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Maior precisão na remoção do útero, ovários e linfonodos, quando necessário.

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Menor risco de complicações, especialmente para pacientes com obesidade ou comorbidades.

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Recuperação mais rápida e menor tempo de internação.

Câncer do Colo do Útero

O câncer do colo do útero é causado principalmente pela infecção persistente pelo HPV (Papilomavírus Humano). O rastreamento convencional é realizado por meio do exame preventivo (Papanicolaou) e, mais modernamente, a pesquisa do HPV. A prevenção do câncer de colo do útero e de vários outros tumores induzidos pelo HPV é a vacinação contra o HPV.

Os sintomas mais comuns podem ser:

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Sangramento vaginal anormal (fora do período menstrual ou após a menopausa)

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Corrimento vaginal persistente com odor Dor pélvica persistente ou durante a relação sexual

Como a cirurgia robótica pode ajudar?

A cirurgia robótica pode ser uma boa opção de tratamento para casos diagnosticados em estágios iniciais. Seus benefícios incluem:

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Permite preservar nervos pélvicos importantes para a função urinária e intestinal

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Reduz o impacto físico e emocional da cirurgia

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Em casos iniciais, pode permitir a preservação da fertilidade, com segurança oncológica

Importante: A vacinação contra o HPV é segura, eficaz e recomendada para meninas e meninos a partir dos 9 anos.

Prevenção: a vacina contra o HPV salva vidas

Você sabia que existe uma vacina capaz de prevenir até 90% dos casos de câncer do colo do útero? E que ela também protege contra tumores de vulva, vagina, ânus, pênis e garganta?

Essa vacina é a vacina contra o HPV (Papilomavírus Humano) — uma das maiores inovações da medicina preventiva moderna. Quando administrada corretamente, atua como uma verdadeira vacina anticâncer.

Quem deve tomar?

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Meninas e meninos de 9 a 14 anos – faixa ideal, com melhor resposta imunológica

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Pessoas com imunossupressão ou doenças crônicas, até 45 anos

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Pessoas adultas, com recomendação médica individualizada

A vacina é segura?

Sim. Mais de 400 milhões de doses já foram aplicadas no mundo todo com um excelente perfil de segurança e eficácia.

Por que vacinar antes do início da vida sexual?

Quanto mais cedo for aplicada, maior a eficácia! Como a vacina é preventiva, ela protege muito mais contra a infecção pelo HPV antes do contato com o vírus. Mas mesmo após o início da vida sexual, ainda pode trazer benefícios em alguns casos.
Vacinar é um gesto de cuidado com o presente e com o futuro.

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Converse com seu ginecologista ou pediatra. Prevenir o câncer pode ser tão simples quanto tomar uma vacina.

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Referência: Organização Mundial da Saúde – Estratégia Global para a Eliminação do Câncer do Colo do Útero, 2020.

Se você quer saber mais sobre o vírus do HPV e a Vacina Anti-HPV, clique aqui.

Câncer de Vulva e Câncer de Vagina

Os cânceres de vulva e de vagina são raros e geralmente diagnosticados em mulheres acima dos 60 anos. Muitas vezes estão associados a infecção persistente por HPV ou doenças dermatológicas crônicas na região genital.

Sinais de alerta:

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Coceira persistente na região genital

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Lesões ou feridas que não cicatrizam na vulva ou vagina

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Sangramento ou corrimento anormal

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Dor para urinar ou durante as relações sexuais

Se você deseja saber mais sobre a cirurgia oncológica ginecológica e as opções disponíveis, entre em contato.

Tratamento das Doenças de Disseminação Peritoneal

O peritônio é uma membrana fina que reveste os órgãos abdominais e pode ser afetado por diversos tipos de tumores, incluindo os ginecológicos. A disseminação peritoneal ocorre quando células tumorais se espalham por essa membrana, exigindo uma abordagem cirúrgica altamente especializada.

Atualmente, o tratamento da disseminação peritoneal tem avançado significativamente, e a cirurgia citorredutora associada a técnicas como HIPEC (quimioterapia intraperitoneal hipertérmica) tem mostrado benefícios importantes para determinados pacientes.

Porque a experiência no tratamento da disseminação peritoneal é essencial?

Tratar a disseminação peritoneal exige:

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Planejamento cirúrgico altamente especializado

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Integração entre cirurgiões oncológicos, anestesistas e oncologistas

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Infraestrutura hospitalar de alta complexidade

Técnicas que utilizamos:

Cirurgia citorredutora (CRS) – remoção cirúrgica das áreas afetadas pelo tumor no peritônio.

HIPEC (Quimioterapia Intraperitoneal Hipertérmica) – aplicação de quimioterapia aquecida na cavidade abdominal ao final da cirurgia para eliminar células tumorais residuais.

Cirurgia robótica associada a ressecções multiorgânicas, quando apropriado.

Abordagem multidisciplinar – integração das equipes de cirurgia com outras especialidades médicas oncológicas, além das demais áreas fundamentais, como anestesiologia, medicina intensiva, cardiologia, nutrição, fisioterapia, psicologia, dentre outros, para um tratamento completo.

A importância de procurar um especialista nesse tipo de tratamento

Com a crescente necessidade de centros especializados no manejo da disseminação peritoneal, é essencial que o tratamento seja conduzido por um cirurgião com treinamento e experiência específicos nessa área. A partir da minha atuação no HCor, um centro de referência nesse tipo de abordagem, o objetivo é oferecer um tratamento altamente especializado e baseado nas melhores evidências científicas.

A importância da equipe multidisciplinar especializada:

Pacientes com disseminação peritoneal precisam de um plano integrado envolvendo:

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Cirurgiã/o oncológica/o com experiência em peritonectomias e equipe de cirurgiões assistentes capacitados

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Oncologista clínico focado no tratamento de tumores com disseminação peritoneal

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Equipe de nutrição e nutrologia oncológica

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Equipe de fisioterapia oncológica e perineal

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Equipe de psicologia oncológica

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Equipe de enfermagem de navegação e assistência oncológica

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Equipe de anestesiologistas especializados nos cuidados perioperatórios específicos para esta complexidade

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UTI (unidade de terapia intensiva) aderente a protocolos internacionais

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Equipe de farmacêuticos clínicos em oncologia

“Tratar o câncer não é apenas remover o tumor. É oferecer suporte completo para que a mulher se recupere de forma digna, segura e com qualidade.”

Junta Médica:

Uma abordagem multidisciplinar para o melhor tratamento

Na nossa prática, o cuidado é compartilhado. Toda paciente com caso complexo terá seu caso analisado em reunião clínica multidisciplinar, com especialistas que dialogam e decidem em conjunto o melhor caminho.

A junta médica é um processo fundamental para garantir que cada paciente receba a melhor estratégia terapêutica possível.

O que é uma Junta Médica?

É uma reunião entre especialistas de diversas áreas da medicina, onde cada caso é avaliado em profundidade. Isso permite uma discussão multidisciplinar, analisando todas as possibilidades de tratamento, combinando a expertise de diferentes profissionais para chegar à melhor conduta.

Quando a Junta Médica é necessária?

Em casos complexos, que exigem a integração de diferentes especialidades, como oncologia, cirurgia, ginecologia, radioterapia e cuidados paliativos.

Quando há mais de uma possibilidade de tratamento e a decisão deve ser tomada de forma individualizada.

Para pacientes que já passaram por tratamentos anteriores e precisam de uma nova abordagem.

Benefícios da Junta Médica:

Aumento da segurança na escolha do tratamento mais eficaz.

Maior precisão na definição da abordagem cirúrgica e terapêutica.

Planejamento integrado, reduzindo riscos e otimizando os resultados para a paciente.

A melhor decisão para cada paciente vem da troca de conhecimento e da união de especialidades. O trabalho em equipe é essencial para alcançar o melhor resultado possível no tratamento oncológico.